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Thangka bordado representando Buda Gautama e Bodhisattvas.
Tamanho: 40x60cm
Tipo: bordado
Buda Gautama
Também conhecido como Shakyamuni, o Buda histórico, o fundador do Budismo, "o desperto", aquele que acordou para a Verdade, que compreende a verdadeira natureza da mente, do mundo e de todos os seres sencientes, aquele que se libertou das ilusões e do sofrimento e é perfeito em sabedoria e compaixão.
Buda nasceu no seio de uma família real do clã Shakya em Lumbini (actualmente no Nepal) com o nome Siddhartha Gautama há cerca de 2.500 anos. Apesar da educação privilegiada e do isolamento do mundo no sentido de ser protegido do sofrimento, Siddhartha "acordou" da sua protegida vida ao testemunhar que a vida inclui factos como a velhice, a doença e a morte. Assim, partiu do seu palácio numa busca espiritual pela Verdade da vida e da morte e do fim do sofrimento. Adquiriu grande habilidade na meditação com diversos professores até assumir práticas ascéticas baseando-se na crença de que só podia libertar o espírito se castigasse o corpo físico. Tornou-se tão decidido nestas práticas austeras que quase o levaram à morte. Percebendo que ainda não havia resolvido o mistério da vida e que a verdadeira compreensão estava ainda muito longe, resolveu abandonar o caminho do ascetismo e confiar na sua intuição. Sentou-se debaixo de uma árvore prometendo que ali iria ficar até entender a Verdade. Após 40 dias, Siddhartha alcançou a liberdade máxima, a iluminação, o estado de ser cujos budistas acreditam ir além de qualquer outra coisa no mundo, a libertação do ódio, da ganância, da ignorância e o preenchimento total pela sabedoria, pela compaixão e pela liberdade. A iluminação oferece uma visão profunda da vida e sobre as causas do sofrimento humano. Siddhartha, agora Buda, decidiu então ensinar o que tinha visto e compreendido. Durante os 45 anos seguintes percorreu grande parte da Índia divulgando os seus ensinamentos, que por sua vez os seus discípulos deram continuidade até ao presente.
Apesar de iluminado, Buda não se considerava uma divindade ou um homem santo. Via-se como um ser humano que através do seu esforço de coração e mente, conseguiu transformar todas as suas limitações. Afirmou que todos somos potenciais Budas e que devemos sempre questionar os seus ensinamentos e confirmá-los pelas nossas próprias experiências. Uma característica não-dogmática do Budismo que ainda hoje se mantém.
Bodhisattva
Um bodhisattva é aquele que renunciou ao seu próprio benefício para ajudar os outros e é perfeito em compaixão, bondade e amor por todos os seres.
Para um budista da tradição mahayana, o objectivo da sua prática é tornar-se um bodhisattva. A expressão utilizada para esse desejo é chamada de Bodhicitta. Muitos praticantes e monges fazem o "voto do Bodhisattva" para reforçar este compromisso:
"Os seres são inumeráveis. Faço o voto de salvá-los.
Os desejos são inesgotáveis. Faço o voto de extingui-los.
Os portais do Dharma são ilimitados. Faço o voto de apreendê-los.
O caminho do Buda é insuperável. Faço o voto de me tornar esse caminho."
Tornar-se um bodhisattva não é como se tornar um deus. Um bodhisattva mora no aqui e agora a trabalhar arduamente para ajudar todos os seres vivos.
Thangka é um tipo de pintura sagrada originária do Tibete que remonta ao séc. VIII e significa "mensagem gravada". A sua finalidade é transmitir uma mensagem ao praticante que as contempla ajudando na meditação através da visualização de uma divindade e oferecendo um caminho para a iluminação.
Tradicionalmente é uma pintura em seda, cetim ou pano com bordados geralmente representando divindades, mandalas ou cenários budistas que lamas e monges utilizavam para disseminar o Dharma (ensinamentos de Buda). Sendo consideradas pinturas de rolo, como um pergaminho, eram facilmente transportadas e desenroladas para atender às necessidades da população maioritariamente nómada. Serviu como importante ferramenta de ensino para retratar a vida de Buda, líderes espirituais influentes, bodhisattvas e outras divindades, bem como a filosofia budista. Eram e continuam a ser frequentemente penduradas em mosteiros e altares e utilizadas em rituais, cerimónias e locais sagrados e de devoção. Thangkas especiais pintados por grandes mestres de determinada linhagem são desenrolados hoje em dia em feriados importantes para contemplar e adorar.
Antigamente eram pintados em linho branco e, em ocasiões especiais, em seda. As tintas eram produzidas a partir de pedras como o lapis lazuli, cinabre, entre outras, pétalas de flores e vegetais.
O ofício de fazer thangkas era um negócio familiar que passava de pais para filhos. O pintor deveria ter um conhecimento profundo e exacto das medidas e proporções de uma divindade de acordo com a iconografia budista e com a prática artística. Uma grade contendo essas proporções rigorosas era essencial para manter fiéis as medidas da divindade. Os aspirantes a artistas passavam anos a estudar as linhas de grade da iconografia budista e as proporções das diferentes divindades, passando posteriormente para a técnica de mistura e aplicação de pigmentos minerais. Tradicionalmente o curso de pintura de thangkas tinha a duração de 7 anos. Hoje em dia há escolas tibetanas que oferecem um programa de 3 anos seguindo-se a prática como aprendizes por mais 3 anos, antes de serem considerados pintores de thangkas qualificados.
Com a entrada de influências da arte chinesa por volta do séc. XIV, criou-se outro estilo distinto do tibetano e ao longo do tempo foram criadas diversas escolas, estilos e técnicas que se mantêm até hoje. Um objecto de devoção para uns e para outros uma obra de arte de uma tradição milenar.
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