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Nos últimos anos, tem-se tornado comum encontrar à venda japamalas anunciados como “energizados”. A ideia é apresentada como um valor acrescentado, uma espécie de “bónus” especial: o artesão ou vendedor teria, supostamente, carregado o japamala com boas energias, para que o comprador já o receba “pronto a usar”. Mas será que isto faz sentido? Será que corresponde à tradição e ao uso original do japamala? E, mais importante, será que é benéfico para o praticante?
A palavra “energizar” é comum no meio esotérico e no comércio de artigos espirituais, mas nem sempre é explicada de forma clara. Em termos simples, significa carregar um objeto com uma intenção, vibração ou frequência energética específicas, partindo da crença de que a matéria pode reter e transmitir energia.No caso de um japamala, isso pode ser feito através da recitação de mantras, meditação, imposição das mãos, colocação de intenções, uso de cristais ou outros métodos escolhidos por quem o prepara. O problema é que essa energia vem do vendedor ou artesão — não de quem vai usá-lo. Na prática, isso significa que o japamala já chega impregnado com a vibração, o estado emocional e as crenças de outra pessoa. Em vez de iniciar a sua prática com um instrumento neutro e limpo energeticamente, o comprador estará a trabalhar sobre uma base moldada por terceiros.Nas tradições budista e hindu, recomenda-se que o japamala seja limpo energeticamente antes da primeira utilização, para remover qualquer influência externa e permitir que seja carregado apenas com as energias e intenções do próprio praticante. Por isso, comprar um japamala “energizado” e depois ter de limpá-lo torna esse suposto benefício irrelevante — e, muitas vezes, apenas mais caro sem necessidade.
Historicamente, nas tradições budista e hindu, o japamala não é entregue ao praticante já carregado com energia pessoal de outra pessoa. Pelo contrário, recomenda-se que, ao receber ou adquirir o seu japamala, o praticante o purifique antes de o usar, para remover quaisquer energias residuais de quem o produziu ou manuseou. Este processo garante que o japamala se torne uma extensão energética do próprio praticante, impregnado apenas pelas suas intenções, práticas e devoção.No budismo tibetano, por exemplo, é comum que monges consagrem um japamala com bênçãos — mas isso não equivale a “energizar” com a sua própria energia pessoal e sim a recitar mantras específicos para remover obstáculos e favorecer a prática de quem o irá usar. No hinduísmo, algo semelhante pode acontecer durante cerimónias, mas sempre num contexto ritualístico e com um objetivo espiritual definido, não como estratégia comercial.
Quando se fala em "japamalas energizados”, surge a pergunta inevitável: energizados com quê? Quais são exatamente as energias que foram carregadas no colar? Que intenções acompanharam esse processo? Qual era o estado de espírito, emocional e mental de quem realizou essa “energização”? Que práticas ou rituais foram usados para esse fim?Na maioria das vezes, estas questões ficam no ar, sem respostas claras. Raramente o vendedor ou artesão explicam de forma concreta quais energias foram transferidas, quais as intenções exatas, ou mesmo a origem dessas práticas.A palavra “energizado” acaba por funcionar mais como um termo comercial, usado para justificar um preço maior e atrair compradores, do que uma garantia real e transparente.Além disso, não há como saber ao certo se o japamala foi de facto energizado de forma genuína ou se essa alegação é apenas um argumento de venda. Muitas vezes, a experiência e o conhecimento do artesão ou vendedor nesse tipo de práticas não são esclarecidos, o que levanta dúvidas sobre a autenticidade e qualidade dessa “energização”.Outro ponto importante é que o japamala passa por várias mãos e campos energéticos antes de chegar ao cliente — na produção, transporte e armazenamento. Assim, o colar já traz consigo impressões energéticas diversas, que nem sempre são controladas ou desejadas.Quando um japamala é carregado com a energia de outra pessoa — ainda que positiva — essa carga pode não estar alinhada com as necessidades ou desejos do comprador. Cada indivíduo possui um campo energético único e o que serve a um pode não ser adequado ao outro. No pior cenário, o japamala pode até interferir ou desequilibrar o campo vibracional de quem o usa, trazendo desconforto ou bloqueios.Por fim, do ponto de vista prático, se a tradição indica que o japamala deve ser limpo energeticamente antes do uso — o que é praticamente unânime nas práticas espirituais — o comprador estará a pagar mais por um benefício que será removido logo no início. É como colocar um perfume para depois ir tomar um banho: um gasto desnecessário e um mau investimento.
Da mesma forma que não se deve emprestar nem deixar que outras pessoas toquem no seu japamala — nem mesmo amigos próximos — para evitar a transferência de energias que causam desequilíbrios ou bloqueios, também não faz sentido comprar e usar um japamala carregado com as energias de outra pessoa, desconhecida e sem qualquer informação das energias colocadas.Quando um japamala traz energias, emoções e vibrações de outra pessoa — seja por “energização” intencional ou pela simples passagem por várias mãos e ambientes — isso pode gerar um impacto no campo energético e na saúde integral de quem o usa. Cada pessoa é única, e a reação pode variar, mas existem alguns sinais comuns que indicam esse tipo de desequilíbrio:
Alguns sintomas físicos• Fadiga inexplicável: sensação constante de cansaço, mesmo após descanso adequado.• Dores musculares ou articulares sem causa aparente.• Sensação de peso ou aperto no peito, dificultando a respiração plena.• Desconfortos no estômago ou náuseas leves.• Alterações no sono, como dificuldade para adormecer, sonhos agitados ou sensação de não descansar.
Alguns sintomas mentais• Dificuldade de concentração ou sensação de “mente confusa”.• Pensamentos acelerados ou intrusivos, que dificultam o foco.• Sentimento de bloqueio criativo ou mental.• Sensação de “não se reconhecer” ou confusão sobre decisões e escolhas.
Alguns sintomas emocionais• Irritabilidade aumentada e reação exagerada a pequenas situações.• Ansiedade e medo sem causa clara.• Tristeza profunda ou melancolia persistente.• Sensação de estar emocionalmente “sobrecarregado” ou vulnerável.• Dificuldade em estabelecer limites pessoais ou sensação de invasão energética.
Alguns sintomas espirituais• Sensação de desconexão com o próprio corpo, mente e espírito e com o momento presente.• Falta de vontade ou motivação para praticar meditação ou outras atividades espirituais.• Sensação de peso energético, como se algo estivesse “a pesar” no campo áurico.• Perda temporária de sensibilidade energética ou intuição.• Confusão ou bloqueio no processo de autoconhecimento.
Estes sintomas não surgem necessariamente em todos os casos, e podem ser causados por múltiplos fatores, não só pelo uso do japamala. No entanto, existe uma grande probabilidade de que um japamala impregnado com energias alheias possa atuar como gatilho para estas manifestações, especialmente em pessoas mais sensíveis ou em momentos mais vulneráveis da vida.Por isso, a recomendação das tradições espirituais para limpar energeticamente o japamala antes do uso é fundamental: é a forma de garantir que o instrumento esteja limpo, neutro, pronto para ser preenchido apenas com as suas próprias energias e intenções.
Antes de utilizar um japamala, sobretudo quando se trata da primeira utilização, é essencial realizar uma limpeza energética profunda para remover possíveis influências externas e garantir que esteja em sintonia com a sua própria energia.Este processo prepara o japamala para ser um instrumento verdadeiramente pessoal e alinhado com as suas intenções.
Alguns métodos comuns de limpeza energética incluem:• Defumação com ervas ou incensos: Passe o japamala pelo fumo de um incenso à sua escolha, de uma tocha de sálvia ou um pau santo, ao mesmo tempo que visualiza a remoção de energias acumuladas.• Exposição ao luar ou ao sol: Deixe o japamala exposto ao luar (uma lua cheia por exemplo) ou ao sol para purificação e recarga energética (este método requer cuidados para evitar danos nos materiais).• Utilização de cristais de limpeza: Coloque o japamala junto a cristais como a selenita ou cornalina que possuem propriedades de limpeza energética.• Recitação de mantras purificadores: Durante a limpeza, recite mantras como "Om Mani Padme Hum" ou "Om Namah Shivaya", entre outros, infundindo o japamala com a sua própria intenção e energia.
Após a limpeza, o japamala estará pronto para receber apenas as suas próprias energias e intenções, tornando-se um instrumento verdadeiramente pessoal.Para um guia mais detalhado sobre como realizar a limpeza energética do seu japamala, consulte o artigo completo: Limpeza Energética de Japamalas.
A ideia de “japamalas energizados” pode parecer muito apelativa e fazer crer que "o caminho está feito" e só temos de aproveitar os benefícios, mas, como o caminho é nosso para percorrer, na maioria dos casos, trata-se mais de um argumento de venda do que de um benefício real.Se a intenção é ter um japamala que seja um prolongamento da própria prática e energia, o ideal é começar com um instrumento limpo, neutro e energeticamente preparado por si. Assim, evita gastar mais por algo que irá "apagar" logo de início, evita possíveis desequilíbrios e garante que a ligação entre si e o seu japamala seja genuína, única e profundamente sua.
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