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Existem inúmeros símbolos espirituais e estão por toda a parte. Desde padrões, bijuteria até mesmo aos caça-sonhos que colocamos na cama... Todos simbolizam algo.
Apesar de muitas vezes nos esquecermos dos seus significados, utilizarmos sem pensar ou não lhes atribuirmos a importância que têm, eles podem causar forte impacto nas nossas mentes.
A maioria dos símbolos são parte da história e alguns são incrivelmente antigos. Culturas e povos antigos já os utilizavam para diversos fins, desde religiosos até para a comunicação de ideias e se reflectirmos um pouco, muitos símbolos dispensam palavras porque falam por si mesmos.
É interessante observar as sensações que cada símbolo transmite. Enquanto que uns irradiam energias positivas instantaneamente, outros emanam negatividade.
Um símbolo não é só algo que remete para a religião, para o divino ou para a comunicação. É também algo muito pessoal. Sentimo-nos atraídos por determinados símbolos e rejeitamos outros que até são muito apreciados de uma forma global, mas que para nós não tem o mesmo impacto. O significado pessoal é muito profundo e cabe a cada um encontrá-lo no seu Eu interior.
Os símbolos são importantes na nossa jornada espiritual que tem tudo a ver com a nossa própria visão. A espiritualidade está dentro de nós! Ao concentrarem a nossa espiritualidade, irão transmitir-nos a Verdade que nos motiva a continuar o caminho espiritual apoiando-nos a cada passo e sabendo utilizar os símbolos como ferramentas na nossa jornada, toda a nossa experiência pode intensificar-se e atingirmos os objectivos espirituais mais cedo.
Alguns dos símbolos mais populares:
A Protecção Contra o Mal
Hamsá significa "cinco" em hebraico e é representada por uma mão com um olho no centro.
Tem sido usada como amuleto de protecção contra a energia negativa e o mau-olhado (um olhar malicioso que pode causar doenças, azares ou até mesmo a morte).
Acredita-se que pessoas com vibrações negativas não são capazes de prejudicar se estiverem perante uma hamsá. Diz-se ainda que uma hamsá que parte ou racha cumpriu o seu trabalho de protecção e deve ser substituída.
Foi usada por várias religiões como o budismo, o hinduísmo, cristianismo e o islamismo.
O Padrão da Criação
O símbolo mais importante da geometria sagrada. Acredita-se que existe desde a primeira civilização do mundo e é possivelmente o mais antigo desta lista.
É o símbolo da energia e da criação da vida e defende a ideia de que tudo está interrelacionado e faz parte de um plano divino e geométrico.
Constituída por 19 círculos no total, nem mais nem menos, sobrepostos e interligados que iniciam num círculo central. Este círculo central representa a fonte. Ao seu redor encontram-se outros 6 círculos que representam o processo de divisão celular. Assim, a Flor da Vida representa o ciclo da criação e mostra que todas as formas de vida e consciência surgem de uma fonte.
Apesar do seu nome remeter para uma flor, na verdade, representa o ciclo de uma árvore de fruto que cresce em botões florais e que, eventualmente, se transformam em frutos. O fruto dá a semente originando novas árvores. Um ciclo que transforma a flor da árvore em fruto e novamente em árvore e que revela o milagre da vida.
O Equilíbrio entre Opostos
Símbolo taoísta que representa o princípio da dualidade.
As duas metades do círculo representam as energias masculina e feminina existentes no mundo mostrando que tudo no Universo tem uma energia igual e oposta.
Actua como um lembrete da lei do equilíbrio representando a harmonia na dualidade. Não importa o claro e o escuro, a sabedoria e a ignorância, a matéria e a energia, a terra e o céu, tudo precisa de equilíbrio.
O Caminho da Iluminação
Representa os oito caminhos da iluminação que podem levar ao Nirvana.
É um dos símbolos mais antigos da tradição budista e também conhecido como a Roda da Lei ou a Roda da Transformação.
Cada raio simboliza um dos ensinamentos do Buda: modo de vida correcto, linguagem correcta, intenção correcta, acção correcta, esforço correcto, atenção plena correcta, consciência correcta e visão correcta.
O Som Divino
Um dos mais populares e também um dos mais sagrados símbolos da humanidade.
Também conhecido como a "Mãe de todos os sons" ou "Mãe de todos os mantras", representa o som primordial da criação, que ao ser entoado ajuda na conexão com a energia divina.
O poder deste símbolo é tão intenso que pode abrir o chakra do terceiro olho.
Usado no budismo e no jainismo e é a principal força do hinduísmo onde simboliza o passado, o presente e o futuro.
Diz-se que a meditação profunda traz naturalmente esse som para o primeiro plano, envolvendo o praticante num brilho universal.
A Flor da Iluminação
Um dos símbolos mais populares e sagrados no budismo.
Representa a iluminação. O lótus cresce na lama em águas turvas e floresce, relacionando a transformação e a ressurreição.
É um símbolo de esperança e fortalecimento, pois lembra que não importa a dificuldade e a escuridão, qualquer obstáculo pode ser superado com perseverança.
Incentiva o perdão e a gratidão, mas também o desapego (enquanto floresce, a água escorre pelas pétalas do lótus).
O Símbolo da Unidade
Representa a criação, a unidade e a interconexão de tudo no Universo.
Homenageia a diversidade e celebra a origem comum. Observando cada elemento e processo da árvore, pode-se extrair o significado espiritual de cada um deles relacionado com a vida dos seres humanos cuja verdadeira origem é comum a todos (raízes), possuem um espírito conectado com o corpo físico (tronco), seguem diferentes direcções (ramos) e têm as suas próprias singularidades (folhas).
Um símbolo de unidade e conexão com uma mensagem bem clara, de que todos estamos interligados através de uma energia cósmica e que devemos viver em harmonia com todos os seres vivos.
O Símbolo da Paz e da Harmonia
O símbolo universal usado para manifestar paz entre todos os seres humanos.
Surgiu como um logotipo de uma campanha britânica contra o desarmamento nuclear e na mesma altura, o movimento hippie, utilizou o mesmo símbolo para representar a sua filosofia baseada no equilíbrio, na paz interior e no amor universal.
O Removedor de Obstáculos
Um dos deuses mais reverenciados no hinduísmo.
Representa a sabedoria. É a consciência suprema que permeia tudo e traz ordem ao universo.
Simboliza a consciência que é omnipresente, a energia da qual tudo se manifesta e em que tudo se dissolve.
É o deus removedor de obstáculos, porque tal como os elefantes, não caminham em torno dos obstáculos nem são impedidos por eles, removem-nos e caminham em frente.
O Movimento do Tempo
Também conhecido como Tríade ou Espiral Tripla e é um dos símbolos celtas mais antigos.
É representado por três espirais conectadas por uma linha que representa o fluxo do tempo. Cada espiral simboliza a vida terrena, a vida após a morte e a reencarnação.
Simboliza também os três mundos: espiritual, físico e celestial. A esta trindade, estão também associadas as seguintes simbologias: passado-presente-futuro, criação-protecção-destruição, infância-maturidade-velhice, cada uma delas ligada a um aspecto do crescimento pessoal, desenvolvimento humano e progresso espiritual. Também ligado aos estados da matéria: sólido-gasoso-líquido e aos três reinos: animal, vegetal e mineral, o triskelion carrega a poderosa simbologia do número 3 que é transversal a inúmeras religiões, raças e culturas. É, sobretudo, o símbolo da trindade, da união, da culminação, do cumprimento e do equilíbrio de forças.
O Vigilante dos Sonhos
Um dos símbolos mais populares da humanidade e um dos que passa mais despercebido como símbolo.
É representado por um aro com rede trabalhada ao centro e embelezada com penas, fitas ou outros materiais pendurados na zona inferior.
Foi criado por índios americanos que acreditavam que os pesadelos ficavam presos dentro da rede e os bons sonhos passavam pelos buracos deslizando pelas penas e alcançando assim a pessoa a dormir. Pela manhã, exposto à luz do dia, o caça-sonhos dissolvia os pesadelos e a pessoa acordava revigorada, descansada e em paz.
Originalmente foi criado como um amuleto para proteger os bebés e crianças pequenas de energias negativas que surgiam sob a forma de pesadelo. O caça-sonhos era colocado sobre o a cama para garantir segurança durante a noite. Nas décadas de 60 e 70, o movimento da Nova Era adoptou esta tradição mostrando-a ao mundo.
Acredita-se que é também um símbolo de boa sorte e que ajuda a evitar as vibrações negativas.
Sem Princípio, Sem Fim
Impossível identificar o início e o fim deste nó. Foi criado para representar o mundo inteiro interligado irradiando calma e movimento.
Actua também como um lembrete de como o tempo é uma ilusão e que o Dharma é eterno.
Simboliza também a infinita paixão de Buda e a interconexão da vida terrena e do pensamento divino.
Diz-se que a oferta de um nó infinito significa o estabelecimento de uma conexão auspiciosa entre quem dá e quem recebe, sendo este estimulado pelo karma justo lembrando que os efeitos positivos futuros têm as suas raízes nas causas do presente.
É o caminho espiritual entrelaçado e em constante mudança, a conexão do mundo espiritual, do tempo e da omnipresença de Buda. Concentra a ideia da dualidade, do equilíbrio das qualidades feminina e masculina. Não tem um início nem um fim, tal como a sabedoria e compaixão infinita de Buda.
No Tibete representa também o Samsara, o ciclo infinito de nascimento, morte e renascimento.
Fonte(s): The Mind Fool, Buddhist Symbols, Ancient Symbols
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